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5 inconvenientes da nova lei da habitação

23, Mai 2023 | Notícias gerais | 0 comments

 

A habitação é um direito constitucional que está ameaçado pela nova Lei da Habitação que o governo tenciona aprovar nos próximos dias. Esta lei representa um retrocesso na proteção dos inquilinos e uma limitação da oferta de habitação para arrendamento. Estas são algumas das desvantagens que este regulamento irá causar:

  1. A lei reduz o conceito de grande proprietário de 10 para 5 propriedades. Isto significa que muitos senhorios serão forçados a baixar o preço das rendas em zonas declaradas como estando sob pressão, o que pode desencorajar a entrada no mercado de casas vazias ou levar à sua venda.
  2. A lei estabelece um sistema de índices de preços de referência para limitar as rendas nas zonas de risco. No entanto, estes índices não têm em conta as características específicas de cada habitação, como o seu estado de conservação, o seu equipamento ou a sua localização. Além disso, a declaração de uma zona de stress depende de critérios arbitrários e pouco transparentes por parte das comunidades autónomas e das câmaras municipais.
  3. A lei impede a atualização anual da renda de acordo com o IPC e estabelece um novo índice que pode gerar aumentos desproporcionados da renda. Proíbe igualmente o acordo entre as partes para estabelecer condições diferentes das previstas na lei, o que limita a autonomia e a liberdade contratual dos senhorios e dos inquilinos.
  4. A lei reforça as medidas de proteção contra os despejos, alargando os pressupostos e os prazos de suspensão dos despejos. Embora esta medida possa beneficiar os grupos mais vulneráveis, pode também ter um efeito perverso ao aumentar o incumprimento e o risco de não pagamento por parte dos proprietários, especialmente dos pequenos proprietários que dependem do arrendamento para a sua subsistência.
  5. A lei não oferece soluções eficazes para aumentar a oferta de habitação pública e a preços acessíveis. Limita-se a estabelecer percentagens mínimas de terreno reservado à habitação social e a impor sobretaxas IBI para as habitações vazias. Estas medidas são insuficientes para resolver o problema da falta de habitação e da precariedade a que estão sujeitas milhões de pessoas no nosso país.

Em suma, a nova lei da habitação é um regulamento que não responde às necessidades reais do sector imobiliário nem às exigências sociais de acesso a uma habitação digna. Pelo contrário, trata-se de uma interferência injustificada no mercado de arrendamento, que pode ter consequências negativas tanto para os senhorios como para os inquilinos. Por esta razão, a comunidade jurídica e urbanística apela a uma revisão profunda e participada desta lei, que garanta um equilíbrio entre os direitos e deveres de todas as partes envolvidas. Não há soluções simples para problemas complexos, e esta lei, longe de resolver o problema, vai agravar a situação.

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